Rodrigovk
Escritor, faz-tudo, editor e pai

Meta: sobre o [Egotrip]

Quando foi lançar seu podcast Hurry Slowly a autora Jocelyn K Glei pediu dicas a uma amiga, podcaster mais experiente. A resposta que recebeu foi que em algum momento alguém iria criticar o seu jeito de falar. O ritmo, o sotaque, a voz. A dica era: apenas ignore.

Esse é o episódio 10 desse minipodcast Egotrip, então hoje eu vou fazer um episódio um pouco meta explicando como eu faço este programa, e falando também sobre essa questão de voz.

É engraçado, a nossa voz está tão ligada à nossa própria identidade, e ao mesmo tempo, quem gosta de ouvir a própria voz? É uma daquelas coisas difíceis de superar.

Falo por mim, tenho uma série de problemas com minha voz. Primeiro que falo para dentro (melhorei muito, fiz até um curso de uso da voz com o Paulo Carvalho, que melhorou muito). Outro problema que eu tenho é dicção, e isso eu preciso trabalhar. E uma das coisas que me incomoda é que falo pausado.

Você já deve ter percebido que as palavras demoram um pouco para chegar no meu cérebro, tenho um processador 386, as coisas funcionam de maneira um pouco mais devagar.

Mas está sendo uma experiência legal vencer essa minha insegurança. Sempre trabalhei com texto, meio muito mais confortável. Fui uma dessas pessoas que se expressa muito melhor escrevendo do que falando. Então nesse podcast, mais ou menos improvisado, é um exercício bacana.

Mas por que fui para o podcast? Porque eu não tinha mais tempo de escrever os posts. Escrever depende de sentar na frente do PC (não consigo escrever à mão, escrevo devagar demais e a mão não acompanha a cabeça). Só que durante o dia tenho os freelas para fazer, e à noite estou cansado demais para sentar na frente de um computador. O podcast é diferente o suficiente para ser interessante.

Como não tenho tempo, tem sido um exercício de abrir mão do perfeccionismo. Quando edito um vídeo para o trabalho eu picoto cada “ah, um, eh”, e aqui não. Aqui é diretão, com as pausas, e vocês que sofram.

Claro, dá vontade de cortar, picotar, gravar em um microfone melhor, mas não dá tempo. Esse é para ser um projeto rápido. Em cada episódio levo entre 20 e 60 minutos, geralmente fico ali na marca de meia hora (mais 20 minutos de transcrição em outro momento).

São três etapas: primeiro a criação do roteiro, uma folha de papel escrita à mão com os tópicos, o mapa mental por onde vou caminhar.

A segunda etapa é a gravação. Gravo os episódios direto no celular, em um programinha chamado Wave Editor (muitas vezes gravo dentro do carro à noite, um lugar silencioso onde posso falar um pouco mais alto). E gravo sempre “one-shot”, do começo ao fim. É raro eu cortar no meio, somente quando sou interrompido ou falo alguma baboseira muito grande que preciso cortar. Senão, é direto.

A terceira parte, edição. Também feita no celular, no Wave Editor. Coloco um filtrinho na voz (não gosto muito da minha voz, tentando deixá-la um pouquinho mais imponente (lógico não funciona). Coloco a musiquinha, ripada do Youtube no começo do final e boa. Nos primeiros episódios eu não sabia como pegar essa música, então gravava de um celular para o outro, e a qualidade do áudio da música nos primeiros episódios é horrível.

Esse é o episódio 10, um momento bom para falar que tenho um site (este aqui!) e também um apoio recorrente. Então, apoiando com um valor mensal, você ganha um bom desconto nos meus cursos (tenho cursos de escrita, de storytelling). E também acesso a um pacotão com vários contos meus e até meu livro Trabalho Honesto, um folclore urbano com cucas, sacis e lobisomens em uma Campinas cyberpunk.

Com mais apoios eu poderei fazer menos freelas e mais podcasts, posts, artigos, cursos e projetos malucos. Então entra ali em rodrigovk-migra.rodrigovankampen.com.br/apoie!

Sabe como você me ajuda também? Respondendo a este podcast. Me sinto o Lucas Silva e Silva falando sozinho “Alô, alô, planeta Terra chamando!”. Então me manda um alô, me diga o que você tem achado desse podcast, se você está gostando, ou não. Quando você ouve, se lavando a louça, no carro. Ou se não ouve nada e costuma vir aqui ler as transcrições.

Ou manda só uma mensagem falando “Rodrigo, estou ouvindo todos os episódios e meu favorito é esse aqui.”

Vai ser legal saber que tem alguém ouvindo. Já recebi alguns comentários, que fizeram toda a diferença entre eu me sentir falando sozinho, ou falando com você.

Para a trilha desde episódio, “Sabor colorido”, do Geraldo Azevedo, uma música que não faz sentido, e adoro.

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Você pode receber os áudios do Egotrip para ouvir diretamente em seu celular, pelo Telegam ou Whatsapp. Ambos os grupos são listas de transmissão, ou seja somente eu posso enviar mensagens.

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