Rodrigovk
Escritor, faz-tudo, editor e pai

21 links suculentos para o seu feriado

Já faz um tempo que penso em mandar links nessa newsletter. O que não é novo, afinal, na sua origem, isso aqui era muito mais curadoria de conteúdo do que longos artigos cheios de opinião.

Coleciono conteúdos bacanas, mas nem sempre consigo parar para organizar ou escolher algo para mandar. Eles se acumulam. Então, em vez de fingir que eu não tenho um milhão de links suculentos aqui para você, resolvi escolher os melhores e colocar uma tampa em cima do backlog, e assim, voltar a colocar links nas newsletters de novo. Certo?

Aqui vai:

Algumas newsletters bacanudas que assino

(Escolhi uma carta de cada, mas todas elas têm mais coisa incrível)

Você é do tipo que surfa ou leva caixote?
Roberta Simoni
Deve ser muito gostoso saber surfar nas ondas desse planeta. Imagina… deslizar macio, não sentir-se amofinado com as intempéries que acontecem o tempo todo? Ter uma mentalidade mais lógica do que emocional pra variar, pensar e agir de forma que te mantém equilibrado na prancha, surfando suave no mar, ah…

A sedução da narrativa pessoal
Vanessa Guedes
Outra coisa é transbordar os pensamentos, emoções e elaborações para um lugar exposto, como um documento pessoal deixado a céu aberto para qualquer um passar e ler. Há uma certa romantização em fazer o nosso “eu” virar um eco interessante, como se essa exposição trouxesse um sentido de protagonismo para nossa vida tão comum. E há também o desejo de contar a nossa parte da história.

Está cansado? Que tipo de cansado?
Eduardo Fernandes
De modo geral, temos medo de tarefas mentais que exigem concentração. Antes de nos engajamos nelas, podemos cair no limbo das fadigas de dispersão. Mas, uma vez que você começa, o foco acaba produzindo energia e entusiasmo. Mesmo que você não entre no famigerado estado de fluxo.

#24 voar e mergulhar
Cláudia Fusco
Perguntei para a turma — inclusive, afiadíssima — se eles já tinham passado por uma experiência catártica, algum momento em que presenciaram arte que “lavou a alma”. A turma respondeu com jogos, filmes e, principalmente, muita música. Nem tudo que foi mencionado é erudito e sério — eu mesma digo com tranquilidade que tive revelações no último show dos Backstreet Boys aqui no Brasil.

Bestiário
Carla Soares
Fiz um vídeo bonito que não tive coragem de postar no Instagram. Era uma goiaba meio oca e esburacada ainda no pé, com uma vespa grande posada. A vespa parecia estar comendo a goiaba, e fiz o vídeo porque dava pra aproximar e ver ela direitinho se esbaldando na fruta. Só que aí de repente do meio do oco da goiaba sai uma mosca. Logo que ela saí, a atenção da gente vai direto pro meio do oco de onde ela saiu e aí a gente percebe que tem outras vespas e moscas lá dentro. Todo mundo parecia estar comendo ali de boa e eu adorei o efeito surpresa da mosca de repente aparecendo, mas eu tenho certeza que no Instagram eu ia esbarrar em alguém que ia pensar no que nojo da mosca, no que dó da perda da fruta. Eu não queria ter paciência pra lidar com isso dessa vez e guardei o vídeo só pra mim.

Sucesso feito sob medida
Aline Valek
Ocupar essa posição de sucesso custa caro. Se você não é capaz de permanecer continuamente nessa posição, se as setas dos seus gráficos não sobem infinita e ininterruptamente, você também é um perdedor. Flopou. Desonra para toda sua família, desonra para tu, desonra para tua vaca!

A sedução do equipamento
Angelo Dias
E aí que está o negócio: para um profissional. Eu não era nem de longe um profissional (e nem serei, abandonei o trompete após três meses de aulas) então porque cazzo eu ficava com os olhos brilhantes toda vez que via um instrumento que custava um rim e meio estômago? No fim das contas, eles faziam a mesma coisa que meu instrumento iniciante: eu assoprava de um lado, apertava um botãozinho, e o som saía do outro lado. Mas não, eu precisava daquele equipamento.

Às vezes eu falo de viver à beira do desastre
Fernanda Castro
Certa vez, meu pai me levou pra conhecer a empresa onde ele trabalhava. Eu amava os tanques de gás, as válvulas, os gráficos coloridos indicando o nível de periculosidade de cada parte do projeto. Lembro também de um grande pátio cimentado com quadradinhos plásticos pintados, cada um com um número e um nome completo. “Pra caso aconteça um vazamento e a gente precise evacuar o prédio”, explicou meu pai. “Cada funcionário sobe num quadradinho e aí a gente sabe quem tá faltando, quem tem que ir procurar.” Um cemitério às avessas, talvez, onde a presença do corpo no túmulo é indicativa de vida.

Never waste your midlife crisis
Austin Kleon
You should never waste your midlife crisis. You can do great things with a midlife crisis. If you just waste it on like a car, it’s just a lack of imagination. Mine was the decision to write books and attempt to make a living there.

Render Unto the Machine
L. M. Sacasas
Indeed, we might go further and say that the triumph of modern institutions is that they have schooled us even to desire our own obsolescence. If a job, a task, a role, or an activity becomes so thoroughly mechanical or bureaucratic, for the sake of efficiency and scale, say, that it is stripped of all human initiative, thought, judgment, and, consequently, responsibility, then of course, of course we will welcome and celebrate its automation.

Alguns posts que chamaram a atenção

A prayer wheel for capitalism

The Problem(s) with Men

Sacralized Space: Theaster Gates on the Practice of Placemaking

Everything Must Be Paid for Twice

The annoying act of telling people what you do

Stop Adopting Other People’s Anxiety

Boy Problems: The manosphere promises to fix young men’s lives. Instead, it’s making them miserable.

What Completism Can Teach Us About the Creative Process

The unconference toolbox

Dois contos incríveis de duas mulheres incríveis

O verso é sempre entranha – Fernanda Castro

. . . Your Little Light – Jana Bianchi

É isso! Bastante coisa pra clicar aí em cima! Agora que eu finalmente me livrei do backlog, vou tentar trazer links com mais frequência!

É agora que eu faço o blogueirinho e termino com uma pergunta (Ou algumas)! Você gosta de links em newsletters? Prefere quando vêm ao final de um texto, ou edições separadas só com links? Estou decidindo ainda qual formato vou seguir.

Beijo e abraço!
RodrigovK

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